Atualmente no Brasil, há uma abordagem onde a arte/ educação está sendo associada ao desenvolvimento cognitivo.
Porém ainda há pensamentos como o de Elliot Eisner, que afirmam a arte como trabalho das mãos e não da cabeça, algo emocional e não mental, atividade concreta e não abstrata, mas apesar destas afirmações Eisner, afirma também a eficiência da arte para desenvolver formas sutis de pensar, diferenciar, comparar, generalizar, interpretar, conhecer possibilidades, construir, formular hipóteses e decifrar metáforas.
Paulo freire diz que a educação é um processo de vermos a nós mesmos e ao mundo em que vivemos a volta de nós, formatada pela cultura, influenciada por linguagens, influenciada por crenças, afetada pela individualidade.
E segundo Eisner, cognição é o processo pelo qual o organismo se torna consciente do seu meio ambiente.
Podemos dizer, portanto que a arte refina os sentidos e alarga a imaginação, potencializando a cognição.
Nos Estados Unidos e em vários outros países a arte tem uma influencia muito forte na educação, propostas, pesquisas e métodos incentivam e aprovam o estudo da arte na educação como aliado no processo de cognição dos alunos nas escolas.
Foi feita uma pesquisa nos Estados Unidos, por 10 anos, onde foi observado que no exame SAT ( equivalente ao ENEN no Brasil), os dez primeiros colocados por uma década, haviam cursado pelo menos duas disciplinas de arte no ensino médio.
Já no Brasil não é bem assim, aqui muitas barreiras precisam ser quebradas, muitas pesquisas ainda precisam ser realizadas, Na realidade não temos uma arte / educação subdesenvolvida. Porem com os estudos e experiências vividas em alguns países, Ana Mae Barbosa criou um sistema em arte educação, própria do Brasil, desenvolvida para a nossa realidade, para a nossa linguagem e nossas necessidades culturais, a Proposta Triangular, que juntamente com Cuba e Chile lideram o ensino da arte na educação da America Latina.
As reflexões teóricas - praticas de Ana Mae Barbosa referente ao ensino de arte no Brasil estão descritas em uma vertente realista-progressista, e se relaciona com as propostas de Paulo Freire. Suas propostas de educação apontam para a democratização do conhecimento da arte, para a construção do conhecimento e, sobretudo para o rompimento da prática tecnicista que ainda permeia o ensino da arte entre nós.
A proposta de Ana Mae, para se trabalhar em sala de aula, deve-se interligar as vertentes – conhecer, apreciar, fazer, formando assim um triangulo, buscando o processo cognitivo e o equilíbrio entre a razão, emoção e intuição.
Um ensino com significação e contextualização, em que a experiência artística e estética dos alunos fosse ponto de partida para as discussões em sala de aula.
Cabe então ao educador promover o desenvolvimento do aluno e o entendimento de sua necessidade cognoscitiva, e assim formar um cidadão com uma visão mais ampla e reflexiva sobre sua função no meio social, sendo assim, o educador precisa buscar na prática pedagógica de Barbosa a orientação para sua atuação enquanto educador.
Virginia Uchôa
Irmã teu Blog tá lindo, e sei q isso é apenas o começo pois tens muito mais para mostrar. Posta mais, pois fico curiosa em ver as fotos. Bjssssssssss Sucesssssssssssooooooooooo!!! Talento tens de Sobra...........
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